terça-feira, 23 de novembro de 2010

Surf em Florianópolis

Projeto: Ed. Física - Esportes-Natureza
http://ef-carin.blogspot.com/p/esportes.html
 
*pesquisa sobre surf baseado no site:
imag do site: http://www.guiafloripa.com.br/esportes/surf.php3

A palavra surf pode ser entendida como sendo espuma ou som na arrebentação das ondas, ou ressaca
Para os surfistas, entretanto, o surf é um vício, uma terapia que leva muitos  deixarem o trabalho para serem os "amantes das ondas"  e estarem inteiramente conectados ao mar.
Pode-se começar a surfar quando criança

Os surfistas tem um vocabulário curioso, repleto de gírias, modismos e neologismos:  crowd, point e azarar. Além dos estilos e conceitos de moda, das tatuagens, brincos e colares baseados na vida de hippie.

Surfar hoje  é muito mais do que um esporte que mobiliza centenas de surfistas para competir. O surfista cria e recria um estilo próprio de viver e de se vestir.


O surf deixou de ser uma simples forma de lazer e se tornou uma mania nacional.  
Do surf surgiram os esportes  como o windsurf, o skate e o sundyboard (surf nas dunas):

*Sundboard: imagens nas dunas da Praia dos Ingleses - Florianópolis


imag.do site: www.destinosdeviagem.com
História do Surf

Surgiu através dos povos das Ilhas Polinésias, que devido sua subsistência vir da pesca, tinham que seguidamente se atirar ao mar com seus barcos feitos artesanalmente para pescar, e quando voltavam, deslizavam com pranchas sobre as ondas para chegar mais rápido à terra firme. Um ritual que se tornou hábito nesta civilização, associado às raízes religiosas, culturais e sociais.
Mais tarde nas ilhas do Hawaii, o surf começou a ser praticado pelos reis hawaianos, que usavam pranchas de madeira.
A confecção das pranchas tinham um ritual religioso, que se iniciava quando era escolhida a árvore para a fabricação desta.
imag do site: www.colunas.epoca.globo.com

Neste ritual, antes de cortar a árvore, colocava-se ao pé do tronco um peixe vermelho chamado kumu, e a árvore era cortada. Nas suas raízes era feito um buraco onde era enterrado o kumu, com uma oração. Logo depois iniciavam o trabalho de modelagem ou shape (forma da prancha)
As ferramentas eram lascas de pedras e pedaços de coral até chegar à forma desejada. O acabamento era feito com coral granulado (pokaku ouna) e um tipo de pedra bem dura (oahi)  para eliminar todas as marcas deixá-la bem alisada.
Na superfície lisa, aplicavam raízes de uma árvore chamada hili, que davam uma cor negra. Usabam também outras substâncias para impermeabilizar e encerar a madeira. 
imagem do site www.brasilianculturalcenter.net

Para a população nativa hawaiana o surf era intimamente ligado às raízes culturais.  Nas  manifestações religiosas, havia um ritual festivo onde os nativos deixavam oferendas próximas à base dos coqueiros para crescer um outro coqueiro, expressando seu profundo agradecimento pelos alimentos fornecidos pelos coqueiros, pelas folhas do pé de côco, na construção dos telhados das moradas e para propiciar o surf. 
Neste ritual agradeciam aos deuses as farturas do mar, as ondas e os prazeres de brincar nas suas águas.  
Alguns indícios apontam que a 1500 anos os polinésios desciam as ondas com pranchas de surf feitas das tábuas de madeirite (compensado dos navios ingleses).
"As raízes culturais do surf, através do ritualismo, impunham aos nativos uma determinada hierarquia de prática": apenas aos reis e seus filhos era permitido surfar na posição de pé. 
As pranchas maiores eram denominadas de alla - e tinham 7 pés de tamanho e eram mais aperfeiçoadas, tinham um ritual de confecção e só podiam ser utilizadas pela realeza.
As pranchas menores ou alaia, eram mais mal acabadas, eram desprezadas pelos chefes e destinadas aos nativos ou súditos que estavam mais próximos da família real. 
O restante da tribo tinha restrições para a sua prática. 
Já naquela época eram realizadas competições com os aborígenes pertencentes à família real, e também lutas mortais e outros combates por causa do surf. Praticar o surf era proveito dos mais nobres e destemidos.
Mas até o início do século XX, praticava-se o surf como atividade de lazer para a maioria dos hawaianos . Este hábito passou a mudar quando o hawaiano Duke Kahanamoku - então campeão olímpico de natação, começou a divulgar o esporte em outros países por onde passava, quando exercia sua função.
Em vários países o surf começou a ser praticado regularmente, e por volta dos anos 20 começaram a aparecer os primeiros campeonatos na Califórnia (

A primeira prancha de fibra foi criada em 1949 por Bob Simons.

Em meados de 1950, as pranchas passaram a ser comercializadas e na década de 60 o surf tornou-se competitivo e profissionalizante. 

A partir daí a evoluíram as fábricas de pranchas, de roupas e outros equipamentos para  o surf. 
Em 1975, o surf começa a ser reconhecido mundialmente como um esporte ligado diretamente à natureza, ganhando assim um número considerável de praticantes em vários locais onde as condições do mar eram propícias. 

Foi criada a IPS (International Profissional Surfers) - uma entidade a fim de desenvolver o surf profissional.
Atualmente quem organiza e realiza o circuito mundial de surf é a ASP (Association of Surfing Professionals).

O esporte se tornou tão reconhecido que além de atrair milhares de adeptos conta com vários serviços especializados, como as condições do surf, transmitidas pelas rádios diariamente - que fornecem as direções do vento e da ondulação (swell), o tamanho das ondas e a temperatura da água, indica qual a praia mais adequada à prática naquele dia. E há também o serviço telefônico - "disque-surf", que fornece os mesmos dados, além da visibilidade para o mergulho na costa. Além da internet onde se pode através de uma mapa ter estes mesmos dados em qualquer lugar do mundo.

Atualemente a informática entra na fabricação das pranchas e os shapers (fabricantes de prancha) utilizam o computador para aperfeiçoar  e dar um melhor acabamento no shape das pranchas. 

Ver tipos de pranchas:


Ver vídeos sugeridos em:
Barra da Lagoa: 

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